O King Air C-90 é uma aeronave bimotor pressurizada de pequeno porte e propulsão do tipo turbohélice, com capacidade para 7 a 9 passageiros, fabricada nos Estados Unidos pela marca Beechcraft, que utilizou como base um outro projeto de bimotor à pistão da década de 1960 chamado Queen Air, do mesmo fabricante.
O sucesso do projeto do modelo está associado ao conceito turbohélice, na época de lançamento já equipado com a turbina PT6-A da marca Pratt & Whitney, com as características de maior velocidade e altitudes mais elevadas de cruzeiro.
Posteriormente, os avanços sucessivos da Engenharia Aeronáutica foram se traduzindo gradativamente em aprimoramentos do produto básico original, resultando em novos lançamentos de versões aperfeiçoadas, como o do modelo King Air F-90, de tamanho similar ao King Air C-90, para acomodar 5 a 7 passageiros, dependendo da configuração adotada, incluindo um pequeno toalete básico.
A principal e mais visível diferença conceitual entre os modelos C-90 e F-90 foi a introdução de um nova cauda em "T", resultando em vantagens como um menor nível de vibração dentro da cabine de passageiros, em função da nova localização mais conveniente do estabilizador horizontal, fora da zona de turbulência gerada pelas hélices. O F-90 foi também um dos primeiros modelos King Air a adotar o novo conjunto de hélices de quatro pás, resultando em uma velocidade de cruzeiro ligeiramente maior que a do modelo anterior e uma redução dos níveis de ruído dentro do avião.
A rigor, o King Air B-200 nasceu no início da década de 1970, mas sob outra denominação, King Air 100 e posteriormente, na década de 1980, recebeu a denominação definitiva King Air B-200, com fuselagem alongada para acomodar 7 a 9 passageiros, incluindo nela todas as características do King Air F-90 e mais uma opção de galley compacta para refeições rápidas e bebidas.
Para atender os mercados de alto poder aquisitivo norte-americano e europeu, compostos basicamente de pecuaristas que queriam e precisavam de um tipo de transporte confortável e rápido mas sem abrir mão da flexibilidade operacional para pousar e decolar em pistas curtas, o fabricante Beechcraft disponibilizou a motorização Pratt & Whitney PT6-A com potência aumentada para 850 Shp cada.
A flexibilidade de pousar e decolar em pistas curtas, com obstáculos nas cabeceiras e prolongamentos é o motivo pelo qual muitos desses clientes acabam optando pelo avião do tipo turbohélice, já que o avião a jato em geral tem limitações técnicas neste sentido.
Na década de 1990, este rico mercado passou a exigir mais e, como conseqüência natural, a Beechcraft colocou à disposição de seus clientes o novo Super King Air 350, com fuselagem ainda mais alongada para acomodar 9 a 11 passageiros, preservando as mesmas características de praticidade dos modelos anteriores, com muita flexibilidade para pousar e decolar em pistas curtas, sem perda de qualidade de vôo. O problema aqui é que os custos operacionais apresentados por este modelo Super 350 chegaram muito perto de jatos leves de categoria superior, com o benefício da maior velocidade de cruzeiro que os jatos apresentam e os turbohélices não conseguem alcançar.
No entanto, somente à partir da década de 1990 foram introduzidos na família King Air os moderníssimos TCAS e EGPWS, entre outros. Atualmente, todos os modelos podem sair de fábrica já com as telas multifuncionais na cabine de comando e os aviões usados da marca podem ser atualizados neste sentido em oficinas autorizadas, a pedido dos clientes.
King Air B-200
Tipo bimotor turbohélice
Fabricante Beechcraft
Capacidade 7 - 9 passageiros
Custo unitário US$3,4 milhões
Velocidade máxima 550 km/h
Altura máxima de voo 8.500 metros
Pista min. decolagem 1.200 metros
Motorização 2 Pratt & Whitney PT6-A
Potência 850 Shp cada motor
Alcance (MTOW) 2.100 km (reserva de 45 min)
Consumo (MTOW) 500 l/h (85% potência)
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