Na contramão das duas maiores companhias aéreas brasileiras, que reduziram plano de frota ou estimativas de rentabilidade, as empresas regionais e de menor porte aumentam o número de cidades atendidas e compram mais aviões.
Elas se beneficiam do desenvolvimento do interior do país e do aumento do poder aquisitivo da população.
“A expansão está nas cidades médias, e isso explica o crescimento da aviação regional”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Chryssafidis. “As grandes operam com aviões de cerca de 180 assentos e não podem atuar em locais de baixa densidade.”
Juntas, Azul, Trip, Avianca e Passaredo ficaram com quase 17 por cento do tráfego de passageiros no mercado doméstico em agosto, contra perto de 12 por cento um ano antes, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Azul foi a que mais cresceu, atingindo 9,3 por cento de market share no mês passado.
O crescimento delas se deu às custas de perda de participação das líderes TAM e Gol, que no passado chegaram a ter mais de 90 por cento de market share.
E o market share combinado das companhias aéreas menores só não é maior porque a Webjet --com 5,7 por cento do mercado-- foi comprada pela Gol em julho.
Para o vice-presidente de aviação comercial da fabricante de jatos regionais Embraer, Paulo César de Souza e Silva, há espaço para cerca de 200 aviões na faixa de 100 passageiros no Brasil.
“Eu não tenho dúvidas de que nos próximos anos a gente vai ter novas empresas (aéreas)”, afirma o executivo, citando a previsão de investimentos em novos aeroportos no país.
té o fim do ano o governo deve lançar um plano de investimentos nos aeroportos regionais e de fronteiras que será financiado, em parte, pelo dinheiro a ser arrecadado pela União nos leilões de concessões de grandes aeroportos, como Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF).
O governo recebeu da Abetar um estudo contemplando investimentos de ao redor de 2 bilhões de reais em 174 aeroportos regionais até 2015, segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.
“Isso é um desejo delas. Elas (empresas) certamente estão investindo muito e têm interesse grande que esses aeroportos sejam melhorados. Esse é um setor que vai crescer e alimentar as linhas-tronco”, disse o ministro à Reuters nesta semana.
FROTAS CRESCENTES
O diretor de Comunicação e Marca da Azul, Gianfranco Beting, discorda da ideia de que a empresa seja regional e afirma que a companhia aérea tem um braço voltado a rotas de menor densidade.
Segundo ele, o objetivo da Azul não é “roubar mercado” de rivais, mas sim abrir um novo espaço. “A gente está aqui para criar clientes”, diz Beting.
A frota da Azul é composta hoje por 31 aviões da Embraer e oito turboélices ATR. Atualmente, a empresa voa para 39 cidades.
A Trip, que atende a 86 cidades brasileiras, anunciou recentemente a compra de aviões ATR, o que a tornará a maior operadora de aviões da fabricante no mundo. A empresa também possui jatos da Embraer: até o fim do ano serão 19 aviões da fabricante brasileira.
Já a TAM cortou, em meados de agosto, o plano de frota de do ano que vem de 163 para 159 aeronaves, optando por fazer uma manutenção no número de aviões “para assegurar a rentabilidade do negócio, num contexto de maior racionalidade do mercado”.
Em julho, a Gol diminuiu a previsão de margem de lucro operacional em 2011 de 6,5 a 10 por cento para de 1 a 4 por cento. No mês passado, a companhia anunciou um programa de redução de custos de 650 milhões de reais.
Vale lembrar que TAM e Gol são listadas na Bovespa e divulgam periodicamente informações sobre seus resultados. As companhias aéreas menores, contudo, não têm capital aberto, o que acaba fazendo com haja menos dados disponíveis sobre sua solidez financeira.
No caso da Webjet, por exemplo, a Gol vai pagar cerca de 110 milhões de reais aos antigos controladores e assumir dívidas de 200 milhões de reais.
Elas se beneficiam do desenvolvimento do interior do país e do aumento do poder aquisitivo da população.
“A expansão está nas cidades médias, e isso explica o crescimento da aviação regional”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar), Apostole Chryssafidis. “As grandes operam com aviões de cerca de 180 assentos e não podem atuar em locais de baixa densidade.”
Juntas, Azul, Trip, Avianca e Passaredo ficaram com quase 17 por cento do tráfego de passageiros no mercado doméstico em agosto, contra perto de 12 por cento um ano antes, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Azul foi a que mais cresceu, atingindo 9,3 por cento de market share no mês passado.
O crescimento delas se deu às custas de perda de participação das líderes TAM e Gol, que no passado chegaram a ter mais de 90 por cento de market share.
E o market share combinado das companhias aéreas menores só não é maior porque a Webjet --com 5,7 por cento do mercado-- foi comprada pela Gol em julho.
Para o vice-presidente de aviação comercial da fabricante de jatos regionais Embraer, Paulo César de Souza e Silva, há espaço para cerca de 200 aviões na faixa de 100 passageiros no Brasil.
“Eu não tenho dúvidas de que nos próximos anos a gente vai ter novas empresas (aéreas)”, afirma o executivo, citando a previsão de investimentos em novos aeroportos no país.
té o fim do ano o governo deve lançar um plano de investimentos nos aeroportos regionais e de fronteiras que será financiado, em parte, pelo dinheiro a ser arrecadado pela União nos leilões de concessões de grandes aeroportos, como Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF).
O governo recebeu da Abetar um estudo contemplando investimentos de ao redor de 2 bilhões de reais em 174 aeroportos regionais até 2015, segundo o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt.
“Isso é um desejo delas. Elas (empresas) certamente estão investindo muito e têm interesse grande que esses aeroportos sejam melhorados. Esse é um setor que vai crescer e alimentar as linhas-tronco”, disse o ministro à Reuters nesta semana.
FROTAS CRESCENTES
O diretor de Comunicação e Marca da Azul, Gianfranco Beting, discorda da ideia de que a empresa seja regional e afirma que a companhia aérea tem um braço voltado a rotas de menor densidade.
Segundo ele, o objetivo da Azul não é “roubar mercado” de rivais, mas sim abrir um novo espaço. “A gente está aqui para criar clientes”, diz Beting.
A frota da Azul é composta hoje por 31 aviões da Embraer e oito turboélices ATR. Atualmente, a empresa voa para 39 cidades.
A Trip, que atende a 86 cidades brasileiras, anunciou recentemente a compra de aviões ATR, o que a tornará a maior operadora de aviões da fabricante no mundo. A empresa também possui jatos da Embraer: até o fim do ano serão 19 aviões da fabricante brasileira.
Já a TAM cortou, em meados de agosto, o plano de frota de do ano que vem de 163 para 159 aeronaves, optando por fazer uma manutenção no número de aviões “para assegurar a rentabilidade do negócio, num contexto de maior racionalidade do mercado”.
Em julho, a Gol diminuiu a previsão de margem de lucro operacional em 2011 de 6,5 a 10 por cento para de 1 a 4 por cento. No mês passado, a companhia anunciou um programa de redução de custos de 650 milhões de reais.
Vale lembrar que TAM e Gol são listadas na Bovespa e divulgam periodicamente informações sobre seus resultados. As companhias aéreas menores, contudo, não têm capital aberto, o que acaba fazendo com haja menos dados disponíveis sobre sua solidez financeira.
No caso da Webjet, por exemplo, a Gol vai pagar cerca de 110 milhões de reais aos antigos controladores e assumir dívidas de 200 milhões de reais.
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